Neiliane Araujo


Neiliane Araujo, natural de Taguatinga – DF, vive e trabalha em São Paulo – SP.
Graduação em Artes Visuais pela Universidade de Brasília (UnB). A partir do seu caminhar pela cidade, pensando na produção excessiva de resíduos, seu descarte incorreto e consequente impacto no meio ambiente, a criação de suas obras se dá por meio da coleta de materiais ordinários e resquícios do cotidiano das casas e ateliês onde residiu ou trabalhou. Pelo caminhar, reinventa constantemente a subjetividade e, por meio das linguagens que utiliza em sua produção artística, ressignifica os padrões de fabricação dos papéis e embalagens coletados, deslocando-os de sua função original e reinscrevendo-os em um novo contexto orientado por uma estética construtiva de múltiplas possibilidades formais. A artista trabalha principalmente com desenho, colagem e instalações. Últimas participações em exposições coletivas: NenhumLugarAgora – OFF Bienal (2023) - Edifício Vera - São Paulo SP; Levanta (2023) - Pé Vermelho Espaço Contemporâneo - Planaltina DF; Para você, Camnitzer (2022) - Edifício Vera - São Paulo SP; Psicodeflação (2022) - Lux Espaço de Arte - São Paulo SP; Sem instruções de uso (2022) - Pé Vermelho Espaço Contemporâneo - Planaltina DF; Acervo Rotativo (2021) - Oficina Cultural Oswald de Andrade - São Paulo SP; 16º Salão Ubatuba de Artes Visuais (2019); Fragmentária (2019) - Lona Galeria - São Paulo SP; Arte Londrina 7 (2019) - Londrina PR. (...) Exposição Individual: Re-formas (2020) - Funarte São Paulo SP Residências Artísticas: Residência #3 Edifício Vera (2022) - São Paulo SP; Residência Ateliê Coletivo Alex Vallauri (2019) - Funarte São Paulo SP.
Sobre a série “Baseado em cacos reais”
Um objeto acidentalmente quebrado gera fragmentos do mesmo, evento no qual não é possível controle sobre a forma final de cada peça. Os cacos, assim nascidos do acaso, são objeto de estudo e pesquisa nesta série de trabalho. Cada pedaço de vidro, nesse caso especial, é escolhido, numerado e reservado para ser desenhado em seguida. A massa de linhas que envolve essas peças únicas cria um contraste em relação ao branco do papel, reverberando a forma de determinados cacos. Os restos são expostos ao invés de negados. Meu processo criativo em torno de fragmentos se iniciou a partir do ano de 2017 como um universo formal escolhido para falar sobre coisas complexas do mundo. Fragmento é uma unidade que permite recombinação e ressignificação. Neiliane Araujo


     

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